Durante séculos, os
homossexuais foram obrigados a viver em guetos, em grupos fechados para
expressarem suas relações afetivas sem retaliações violentas e
discriminatórias. Nos últimos anos temos a sensação de que o diálogo e
discussões vêm abrindo espaço social e político para os gays, mas todos os dias
vemos a homofobia latente, gritando seus absurdos em nossa cara.
No dia 18 de março de
2011, no bar INFERNINHO, localizado em frente à Universidade Estadual de santa
Cruz (UESC), em Ilhéus – BA, dois estudantes livres e conscientes de suas
vontades e escolhas foram impedidos pelo dono do bar de trocar carinhos como
beijos e abraços, sob a alegação que por ser um casal gay estavam incomodando
os clientes do estabelecimento. Após o
ocorrido, os estudantes e seus amigos espalharam a notícia pelo campus. Indignados, marcaram então um ato público
repudiando a ação homofóbica.
A manifestação, organizada
pelo CA (Centro Acadêmico) de Ciências Sociais, aconteceu na semana seguinte e
teve apoio do Humanus, grupo de militâcia LGBT de Itabuna (BA). Com concentração dentro da Universidade, o
grupo seguiu em direção ao bar Inferninho, com cartazes, faixas e palavras de
ordem contra a homofobia. O proprietário do bar, que não teve seu nome
revelado, afirmou que tudo não passou de um mal entendido e que permite sim a
diversidade dentro do seu estabelecimento. Além disso, afirmou que o espaço
está aberto para eventos LGBT. Para os estudantes e manifestantes, o ato foi
positivo e tornou a data como o dia de combate à homofobia na UESC.
Fotos do Ato: